Entorpecida, ela começou a se declarar. Sem ser explícita, é claro – afinal, é uma mulher de pulso, independente. Mas se declarava, sem saber, com seus mais puros sentimentos.
Então, começou a maldizer seus passados, que até ali eram tão perfeitos. E foi completamente explícita. Dançou, cantou, girou e disse tudo o que queria. Estava em transe, na companhia desses passados, e ele nada tinha a fazer ali além de protegê-la com o olhar.
Assim, do mesmo jeito que foi, ela voltou. E ali estava ele, esperando, com seu olhar.
Deitados, bastaram poucas palavras e o calor do aconchego para que ela adormecesse desse sonho.
5 comentários:
e a menina acordou hoje sem se lembrar de como tudo começou. e, mesmo segura de si, com um certo medo de como as coisas vão terminar.
a menina nem precisa acordar. pode continuar sonhando com ele, agora no sonho dele.
não explicite o "rito de passagem". existe um "mandamento" da literatura que eu costumo seguir: não fale, mostre. vc mostra, mas também fala... deixe implícito, deixe o leitor chegar à conclusão quanto a ser ou não um rito de passagem. tanto porque, pode ser, além do rito, muito mais coisas, coisas que vc descarta ao nomear o que deve ser apenas apontado.
quanto ao resto, gostei muito. tem futuro.
Ao Anônimo:
muito grato. Feito.
Abraço
A menina se deparou com as suas vontades,sonhos,desejos que se resume apenas em um sonho. Mais o sonho foi o seu refugio.
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